Total de visualizações de página

sábado, 23 de julho de 2011

A INFIDELIDADE AO ALCANCE DE TODOS


Tenho verificado nos últimos anos mudanças importantes no quesito Fidelidade Conjugal . Não que as pessoas tenham se tornado, mais ou menos infiéis, mas na forma como a questão vem sendo tratada pela sociedade como um todo.
Há quarenta anos o machismo ainda  prevalecia e havia aquele conceito de que o homem podia e a mulher não podia trair o seu parceiro . Juridicamente existia a “legitima defesa da honra” em que homens eram absolvidos do assassinato de esposas por que estas os haviam traído.
Porém os conceitos evoluíram com o tempo e a legislação foi ajustada, excluindo-se o crime de “adultério” do código penal e modernizações no código civil . Assim trair o parceiro numa relação conjugal passou a ser algo mais normal e menos condenável. Por outro lado a luta feminina pelos seus direitos também elevou a condição da mulher que passou a não ser mais culpada que o homem num processo de traição.
Recentemente com  a evolução tecnológica surgiu a internet e os sites de relacionamento facilitando a comunicação  , tornando a traição muito mais fácil, na medida em que as pessoas encontram e reencontram pessoas a todo momento e isso acaba por induzir mais facilmente a infidelidade.
Para a psicanalista e pesquisadora Regina Navarro Lins, articuladora do Portal IG,  tais sites apenas refletem uma mudança comportamental que vem acontecendo desde a década de 70 e que está provocando o declínio do chamado amor romântico. “Esse tipo de amor prega a fusão entre os amantes, que os dois vão se transformar num só, que um só terá olhos para o outro, que quem ama não transa com mais ninguém, que não sente desejo por mais ninguém. Uma porção de mentiras”, analisa Regina.
“Atualmente há uma grande busca pela individualidade entre as pessoas. Com isso, o amor romântico está saindo de cena e está levando com ele uma das suas características básicas, que é a exigência da exclusividade sexual”, prossegue a psicanalista. “As pessoas não deveriam se preocupar tanto com a fidelidade. Elas só deviam responder a duas perguntas. Me sinto amado? Me sinto desejado? Se a resposta for ‘sim’, o que outro faz quando não está comigo não é da minha conta”, finaliza Regina.

O psicólogo Oswaldo M. Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), não acredita que estes sites incentivem a traição. “A pessoas que usam esse serviço já tinham o desejo de trair. Elas fariam isso de qualquer forma”. Ele ainda lembra que se o caso extraconjugal for de conhecimento do marido ou da esposa, não pode ser considerado como traição de fato. “Tudo depende do tipo de acordo que tem o casal”, pondera o especialista.

Parece que está ficando cada vez mais difícil ser fiel. Com tanta oferta, só não trai quem não quer

Nenhum comentário:

Postar um comentário