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quarta-feira, 30 de abril de 2014

O VOTO DOS AUSENTES


Segundo as estimativas do IBGE o município de Tapiraí possuía no final do ano passado 8.125 habitantes, dos quais 2.131 são menores de 16 anos. Assim sendo deduzindo o segundo valor do primeiro conclui-se que a população com idade acima de 16 anos é de 5.994 pessoas. Segundo o TSE , a quantidade de eleitores no município na mesma época era 6.535.  Deduzindo a quantidade de eleitores da quantidade de habitantes com mais de 16 anos, conclui-se que 541 eleitores que votam em Tapiraí não residem no município. Isto significa 8,3 % dos eleitores

Parece pequena a quantidade, porém se dividirmos isto pela quantidade média de votos dos vereadores eleitos na última eleição que foi 215, concluímos  que estes votos podem eleger até 3 vereadores.  Já para prefeito, considerando que a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi de apenas 5,4 %, pode-se dizer que teve grande significado no resultado.

Em Tapiraí votam pessoas que aqui nasceram, mas que ha muito tempo já não moram aqui, outras que se mudaram daqui há muito tempo atrás, porém que nunca transferiram seus títulos e alguns que nunca sequer aqui moraram, mas que transferiram seus  títulos para a cidade com a finalidade de ajudar um parente ou amigo a se eleger. Estas pessoas não conhecem os problemas do município e nem o perfil dos candidatos. Geralmente votam no parente, no amigo ou em alguém indicado pelo parente ou amigo e acabam decidindo a eleição.

Portanto, para que a democracia seja de fato exercida de uma forma honesta e digna, é necessário um recadastramento de todos os eleitores do município, ou pelo menos que a consciência daqueles que moram em outros municípios e aqui votam, tomem a iniciativa de transferirem seus títulos para os municípios onde de fato moram. O que eu tenho visto é um trabalho intenso de alguns candidatos na época das eleições para transportar estes eleitores até o município e utilizarem-se de seus votos para se elegerem.

Embora haja entendimento por parte do TSE de que o conceito de domicílio eleitoral é mais flexível do que o de domicílio civil, acho que é uma questão mais ética e justa do que legal.

Assim sendo prego que não haja o voto dos ausentes,  e que as pessoas que efetivamente vivem o dia a dia da cidade decidam os seus destinos.