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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

SUICÍDIO - PREVENÇÃO NECESSÁRIA

O CVV-Centro de Valorização da Vida foi fundado em São Paulo em 1962. É uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de utilidade pública federal desde 1973.
Através de postos espalhados por todo o Brasil, presta serviço voluntário e gartuíto de apoio emocional , oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias. É acima de tudo um trabalho para valorizar a vida e evitar o suicídio.
O trabalho consiste no diálogo compreensivo, e na doação incondicional do calor humano. O voluntário trabalha no sentido de compreender a pessoa que procura o CVV, dessa forma, valorizando sua vida.
O atendimento é feito por telefone, pessoalmente, por correspondência, chat ou e-mail, com sigilo assegurado e total privacidade e anonimato. A instituição é mantida com as contribuições dos próprios voluntários e também por doações feitas por pessoas e segmentos da sociedade.Tem personalidade jurídica e não está vinculada a nenhuma religião, governo ou partido político.
Atuei como voluntário do CVV em uma longa fase da minha vida nas cidades de Sorocaba, Piracicaba e São Pulo. Foi um aprendizado impar em termos de como identificar e lidar com as emoções humanas. Por traz de frases, olhares, gestos e atitudes, esconde-se um infinito de sentimentos e as vezes para sanar uma situação de absoluto desespero, basta alguém disponível para ouvi-la e conduzi-la por si só a solução desta angustia.
Diante dos acontecimentos das últimas semana em Tapiraí, lembrei-me do trabalho no CVV, e pensei em talvez desenvolvermos algo do genero por aqui. Temos uma infinidade de igrejas e religiões, mas me parece que não há nada assim, sigiloso e desvinculado que permita às pessoas um real desabafo.
Fica aqui o recado e o chamamento aos que desejem se juntarem a nós neste projeto.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O VOTO DOS AUSENTES


Segundo as estimativas do IBGE o município de Tapiraí possuía no final do ano passado 8.125 habitantes, dos quais 2.131 são menores de 16 anos. Assim sendo deduzindo o segundo valor do primeiro conclui-se que a população com idade acima de 16 anos é de 5.994 pessoas. Segundo o TSE , a quantidade de eleitores no município na mesma época era 6.535.  Deduzindo a quantidade de eleitores da quantidade de habitantes com mais de 16 anos, conclui-se que 541 eleitores que votam em Tapiraí não residem no município. Isto significa 8,3 % dos eleitores

Parece pequena a quantidade, porém se dividirmos isto pela quantidade média de votos dos vereadores eleitos na última eleição que foi 215, concluímos  que estes votos podem eleger até 3 vereadores.  Já para prefeito, considerando que a diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi de apenas 5,4 %, pode-se dizer que teve grande significado no resultado.

Em Tapiraí votam pessoas que aqui nasceram, mas que ha muito tempo já não moram aqui, outras que se mudaram daqui há muito tempo atrás, porém que nunca transferiram seus títulos e alguns que nunca sequer aqui moraram, mas que transferiram seus  títulos para a cidade com a finalidade de ajudar um parente ou amigo a se eleger. Estas pessoas não conhecem os problemas do município e nem o perfil dos candidatos. Geralmente votam no parente, no amigo ou em alguém indicado pelo parente ou amigo e acabam decidindo a eleição.

Portanto, para que a democracia seja de fato exercida de uma forma honesta e digna, é necessário um recadastramento de todos os eleitores do município, ou pelo menos que a consciência daqueles que moram em outros municípios e aqui votam, tomem a iniciativa de transferirem seus títulos para os municípios onde de fato moram. O que eu tenho visto é um trabalho intenso de alguns candidatos na época das eleições para transportar estes eleitores até o município e utilizarem-se de seus votos para se elegerem.

Embora haja entendimento por parte do TSE de que o conceito de domicílio eleitoral é mais flexível do que o de domicílio civil, acho que é uma questão mais ética e justa do que legal.

Assim sendo prego que não haja o voto dos ausentes,  e que as pessoas que efetivamente vivem o dia a dia da cidade decidam os seus destinos.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A AGRADÁVEL CONSULTA COM O DR MANOEL

Manoel Copel Filho é cardiologista, daqueles tradicionais. Seus controles ainda são manuais, feitos com sua indecifrável letra em fichas de papel grosso, guardadas dentro de envelopes e cuidadosamente administrados pelas suas duas assistentes : Inês e Elenice. Comecei a frequentar o seu consultório a aproximadamente três anos, quando iniciei meu trabalho em Piedade e resolvi tornar as coisas mais fáceis, visto que o anterior era de Sorocaba. Para um enfartado, nada mais importante que ter um cardiologista por perto. Desde a primeira consulta, percebi no Dr Manoel , uma pessoa extraordinária por traz do médico que media minha pressão falando de outros assuntos nunca ligados a medicina. Ele é assim, simples, atencioso, brincalhão e adora contar coisas de sua juventude, histórias de pessoas. Falamos de futebol, de política, de acidentes e raramente de saúde. Vez ou outra fala dos níveis de colesterol, triglicerídeos, glicose, potássio, etc, mas são alertas rápidos e sem colocar aquele aspecto fúnebre e eminentemente trágico que os médicos costumam dar as suas falas. Tenho passado muito bem nestes últimos três anos e isto significa que o Dr Manoel tem cuidado bem de mim. Vez ou outra reflito e agradeço em pensamento, quando me alertou sobre a necessidade de colocar um novo stand na veia parcialmente entupida. Talvez sem este alerta eu já tivesse me ido. Mas foi tudo de uma forma tranquila e simples, falando de cavalos, de futebol, de histórias de menino que ele me disse. Concluo soberano, mais que médico, o Dr Manoel é meu amigo. E que continuemos assim por muitos anos ainda.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

COMO TRANSFORMAR SALÁRIOS EM SERVIÇOS NAS PREFEITURAS

Nas pequenas cidades , a maior conta das prefeituras é quase sempre a folha de pagamento do salário dos funcionários. São quantias exorbitantes de dinheiro público, utilizado para remunerar funcionários e políticos que quase nunca geram benefícios correspondentes aos valores gastos. A máquina emperrada do funcionalismo público ,em qualquer segmento, está sempre impregnada de pessoas desqualificadas, que recebem salários em troca de pouco, ou quase nenhum serviço. O grande desafio, consiste portanto em tornar gente improdutiva em produtiva e desperdício de dinheiro público em serviços. A primeira ideia que surge é a da terceirização total dos serviços. Com isso, as prefeituras manteriam apenas uma estrutura mínima para o planejamento e controle dos serviços e contratariam empresas privadas para a execução de tarefas como conservação das vias e do patrimônio público, serviço social, transportes , etc. Como as empresas privadas visam obter lucro e a remuneração destas seria pelos serviços concluídos, estas executariam os serviços com maior produtividade , reduzindo o custo e prazo dos projetos.A aplicação desta prática nas áreas de saúde e educação torna-se mais complexa, porém também é perfeitamente possível. Uma segunda ideia seria a manutenção dos servidores, porém com uma gestão diferenciada. Teríamos a formação de células de servidores ou seja pequenas equipes coordenadas por profissionais de formação técnica ou administrativa e vasta experiência , estabelecendo um sistema de remuneração baseado em metas. Estas equipes teriam programas de trabalho com definição clara de escopos e prazos e seriam remuneradas de acordo com o cumprimento destas metas. Neste caso a metodologia poderia ser aplicada até mesmo nas áreas de saúde e educação , desde que a legislação permita. Enfim, o importante mesmo, seria quebrar os esquemas atuais em que nomeia-se funcionários em comissão , com salários injustificados e critérios meramente políticos , desperdiçando o dinheiro público e impedindo que eles se transformem em reais benefícios para a população. As prefeituras precisam tornarem-se fábricas de produtos e serviços que melhorem a vida das pessoas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A MORTE DO FILHO DO AGENOR

Vivíamos a década de 1960 no bairro da Água Doce no município de Tapiraí. Meu cérebro de criança, reteve o episódio e o guardou, talvez pelo grau de dramaticidade envolvido e agora o avançar da idade me faz relembra-lo. A atividade exploratória era á única opção de sobrevivência naquele sertão onde morávamos. E meu pai tinha as pessoas que o ajudavam nos serviços de madeira, carvão e palmito. Naquele tempo, empregados eram chamados de camaradas, não sei se por influência socialista ou simplesmente porque havia um espirito de solidariedade. Dentre os camaradas de meu pai havia um que se chamava Agenor. Ele tinha uns 5 filhos pequenos e morava numa casa de taipa coberta de guari canga com piso de chão batido e sua mobília era composta de um fogão de lenha, feito de barro , um cepo grande que servia de mesa, cepos menores que serviam de cadeiras. Dormiam em marimbas construídas de taquara-açu cobertas por colchões feitos com sacos de açúcar, recheados com palha de milho e capim. Aquele era o padrão de vida dos camaradas do meu pai. Num certo dia fomos surpreendidos pela notícia de que a mulher do Agenor tinha dado a luz a mais um filho, e que este filho havia nascido sem vida. Meu pai providenciou a chamada do carpinteiro que confeccionou o caixãozinho de madeira e o recobriu com um tecido branco. Na época não havia por aqui as urnas funerárias produzidas industrialmente. Passamos parte da noite na humilde residência do Agenor guardando o anjinho. Depois de uma certa hora, nós as crianças fomos dormir em nossas casa e apenas os adultos permaneceram ali. Na manhã seguinte fechou-se o caixãozinho e meu o pai o pegou e transportou nas costas até a beira da estrada de terra, e ficou ali aguardando que algum veículo lhe oferecesse carona e o transportasse até Tapiraí, para providenciar o enterro. Lembro-me bem de minha mãe repreendendo a meu pai pela ventura de querer seguir a pé os 10 quilômetros até Tapiraí, com aquele caixão de anjo às costas. Agora reflito sobre o episódio e faço a análise critica , revivendo o grau de pobreza daquela época. Não haviam condições habitacionais adequadas, nem saneamento básico. A assistência médica não existia, e as mães tinham seus filhos sem que nenhum médico as examinasse durante a gravidez. Os índices de mortalidade infantil e de mães durante o parto eram alarmantes e o poder público não fornecia nenhuma assistência naquelas situações. As dificuldades nas comunicações também eram extremas. Passados cerca de 50 anos deste episódio, me resta constatar que as condições de vida melhoraram muito no Brasil, porém as condições de sobrevivência econômica continuam precárias , no município de Tapiraí. A transformação do município em reserva ambiental inibiu a atividade exploratória, sem o surgimento de uma nova agenda de atividades que as tenha substituído. O ecoturismo que parece ser o caminho mais viável há 30 anos segue a passos de tartaruga, principalmente porque o poder público local até hoje não desvendou o caminho do sucesso. Que lutemos pois por mudar esta triste realidade.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

PARA QUE SERVE O CONSELHO TUTELAR



O Conselho Tutelar é composto por cinco membros, eleitos pela comunidade para acompanharem as crianças e os adolescentes e decidirem em conjunto sobre qual medida de proteção para cada caso.
Devido ao seu trabalho de fiscalização a todos os entes de proteção (estado, comunidade e família), o conselho goza de autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão do estado.
Importante esclarecer que a autonomia do Conselheiro funcional não é absoluta. No tocante as decisões, estas devem ser tomadas de forma colegiada por no mínimo três conselheiros, e não apenas por um ou dois deles. É dever e função do CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, fiscalizar a permanência dos pré-requisitos exigidos pelo ECA aos conselheiros tutelares, em especial o da idoneidade moral e residência no município, podendo suspender ou mesmo pelo voto de censura demitir conselheiro.
Conhecer os direitos da criança e do adolescente não é pré-requisito para candidatura a conselheiro tutelar. Desconhecê-los porém pode ser motivo para cassação de conselheiro eleito e em exercício de mandato. Logo, uma vez eleito, o conselheiro tem o dever de aprender e conhecer profundamente os direitos da criança e do adolescente aos quais tem a função de zelar.
Para ser conselheiro tutelar, a pessoa deve ter mais de 21 anos, residir no município,e reconhecida idoneidade moral. Cada município pode criar outras exigências para a candidatura a conselheiro, como carteira nacional de habilitação ou nível superior (há controversia sobre isto) . Uma vez eleito, o Conselheiro pode ser cassado pelo CMDCA se não manter os critérios.
O conselheiro tutelar precisa ter bom senso para se fazer presente onde há violação de direitos ou indicios e possibilidades de violação e agir para cessá-la ou eliminar o risco de que ocorra. Para isto não deve fazer, mas requisitar os meios necessários a que se faça. Conselheiro Tutelar não é policial, não é técnico, não é Juiz é apenas o zelador dos direitos da criança e do adolescente e deve requisitar ações que os garanta ou representar contra sua inobservância ao Ministério Público e Poder Judiciário para que estes façam os mesmos valer, quando administrativamente não conseguirem tal intento.
São atribuições do Conselho Tutelar :
I- Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts.98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II- Atender e aconselhar pais ou responsáveis, aplicando as medidas previstas no art.129, I a VII;
III- Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
b) Representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações;
IV- Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente;
V- Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI- Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor do ato infracional;
VII- Expedir notificações;
VIII- Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
IX- Assessorar o poder executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X- Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, §3º, inciso II, da Constituição Federal;
XI- Representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio poder.
Referências : Wikipédia

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MINHA NOITE NA UTI

Santa casa de Piracicaba
Dia 23 de maio de 2007. Morava eu em Piracicaba e todas as manhãs dirigia-me ao trabalho, às vezes de carro, às vezes de ônibus. Do Jardim Elite  ao Algodoal era aproximadamente meia hora de viagem. Cheguei ao trabalho, vários problemas a resolver, o telefone tocando infinitamente, clientes querendo seus pedidos, eu acionando a fábrica na busca de soluções. De repente uma forte dor no peito. Subo as escadas com dificuldades e sento a minha cadeira. A dor desce pelo braço direito. Sintoma detectado. Estava enfartando.
Peço socorro ao homem dos transportes, mas não tem nenhum carro disponível na fábrica. Peço ao colega do lado para me levar até minha casa. Ele prontamente me leva e no caminho a dor vai apertando, a vista escurece, as imagens  distorcem , assim como as palavras que o meu amigo pronuncia. Chego a minha casa e aviso minha mulher que estou morrendo. Ela chama a vizinha e me levam ao pronto socorro da santa casa. Enfermeiros trazem uma cadeira de rodas na qual eu me sento e me conduzem ao atendimento. Colocam-me sobre uma maca, cercado por mais dois ou três doentes. Tiram meus  sapatos, tiram minha blusa, a correntinha do pescoço com o crucifixo pendurado. O médico examina, colocam um enorme comprimido sobre minha língua, aplicam injeções. Uma moça conecta-me eletrodos e realiza um eletrocardiograma. Um enfermeiro chega próximo de mim e diz que está orando para me salvar. Dai ouço o médico ao telefone: -paciente de 50 anos, preciso da sala do centro cirúrgico com urgência. Uma leve pausa...um  silêncio . Dois homens se aproximam e conduzem minha maca pelo corredor afora...Passo por salas cheias de gente que em observam. De repente vejo o céu azul, é me lembro que aquela é uma manhã ensolarada de maio.. a maca e enfiada numa ambulância. O veículo segue...Anda uns cinco minutos e depois para. Tiram a maca e novamente eu vejo o céu azul. Depois um enorme corredor e o acesso a uma sala onde cerca de cinco pessoas me aguardam, com suas máscaras. Conectam-me aparelhos, ouço apitos...tiram minha roupa...estou completamente nu. O médico me examina...sinto uma picada na coxa... imagens surgem numa tela...falam  uma linguagem  que eu não conheço...De vez em quando me pergunta: - tudo bem seu Paulo ? e eu respondo que sim. Me dá explicações...Ja detectamos o seu problema, agora vamos resolvê-lo. Ouço um leve apito...e tudo some...por alguns segundos eu morri. De repente retomo os sentidos....todos estão me olhando...me perguntam se eu estou bem e saem da sala. Uma única mulher fica junto a mim e me explica os detalhes da ocorrência e do procedimento... a primeira imagem, uma importante veia obstruída...Depois a imagem pós procedimento...o sangue fluindo normalmente. Me avisa que eu tinha sido salvo.. explica porque eu me mantive vivo. Mostra o stendi (uma molinha) que havia sido colocada para desobstruir  a veia.  Conduzem a maca e me levam para a UTI, onde me colocam ao lado de uma senhora idosa que chora e lamenta sem parar...Ali eu passo um bom tempo, até que o meu amor entra...Traz um sorriso triste nos lábios e toca meu rosto...Conta-me que  quando  lhe entregaram os meus pertences  ela pensou que eu houvesse morrido...Peço a ela para ligar para minha filha e meus irmãos...Ela fica um tempo comigo e vai embora. Tenho um aparelho de oxigênio no nariz e eletrodos conectados aos meus dedos e ao meu peito...De vez em quando soam apitos e uma enfermeira corre ao meu lado...Anoitece...percebo que já são altas horas...Um médico e uma enfermeira sentados passam a noite ao meu lado falando de coisas banais... da viagem das férias...do comportamento do filho...A mulher idosa , fala e chora e noite flui...

No dia seguinte sou despertado pela presença da minha filha que me abraça e me aperta a mão...Depois é minha enteada que entra e manifesta um sentimento que jamais imaginava que ela sentisse por mim...Era importante que eu permanecesse vivo.

Passaram-se mais cinco dias e eu recebi alta...antes tive uma séria complicação pulmonar resolvida...Minha mulher me acompanhou na saída...Sai andando e tomamos um taxi.. o rádio estava ligado e Zé Ramalho cantava Chão de Giz...” No mais, estou indo embora baby...” Desde então essa música virou o hino da minha vida...