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domingo, 29 de janeiro de 2012

A MUSA DA MINHA ADOLESCÊNCIA...

Linda, de baixa estatura. Olhos puxados, boca pequena e uma pele lisa . Morena, porém com a cor dos cabelos ligeiramente claros. Eu a conheci na escola , mas nunca consegui conversar com ela. Nunca estudamos na mesma classe, embora tivéssemos idade igual ou muito próxima. Quando ela passava na rua meu coração estremecia, minhas mãos ficavam úmidas e o mundo se enfeitava. Sabia seu nome , quem eram seus pais, seus irmãos a casa onde morava e quase tudo sobre sua vida, mas jamais soube os pensamentos que habitavam  aquela cabecinha linda que parecia um sol.
Ela nunca me olhou, e talvez nem tenha percebido que o meu olhar era de amor e  paixão, mas meus planos eram ousados. Estudaria medicina e me casaria com ela. Até imaginava a casa onde iríamos morar, os filhos que iríamos ter.
Porém o tempo foi passando e a minha insegurança impediu-me de declarar a ela todo o meu amor. E num triste dia soube que um rapaz mais velho a estava namorando. Por dias fiquei entristecido e vivendo num mundo escuro. Os complexos e os medos característicos da idade se ampliaram e no âmbito restrito de minha cama por algumas vezes chorei, sem que ninguém notasse que era o choro de alguém que se sentia com seus sonhos abalados.
O namoro dos dois demorou anos. Tiveram uma grande briga durante o noivado que a cidade inteira comentou, porém reataram-se e um dia se casaram. Vivem juntos até hoje e moram em Sorocaba. Tiveram filhos e talvez já tenham netos. Com certeza nem ele e nem ela sabem que ela foi a grande musa da minha infância , para quem escrevi os meus primeiros versos. E talvez este segredo eu leve para o meu túmulo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

UMA SEMANA NA BELA SÃO PAULO

O ano era 1972. Vivíamos a ditadura militar.Tinha eu por volta de 15 anos e havia terminado o curso ginasial (atual 8ª série do ensino fundamental) . Fiquei radiante ao receber o convite para participar de uma excursão a São Paulo. Era um evento patrocinado pelo Governo do Estado de São Paulo e organizado pela Prefeitura de Tapiraí. O prefeito na época era Francisco Iise Filho e o governador era Laudo Natel.
No dia combinado embarcamos em um ônibus rumo a Capital Paulista. Muitos dos participantes nunca tinham ido a capital. O grupo era constituído por alunos que haviam concluído a 4ª série primária em Tapiraí e 4ª série ginasial em Piedade (alunos de Tapiraí). Além de nós , crianças e adolescentes, foram alguns adultos para cuidarem da gente. Dentre os adultos me lembro da então esposa do prefeito saudosa Isaura Garcia e da professora Cida de Piedade (não me lembro o sobrenome). Dentre os adolescentes estavam Adoniram Nimtz, Dorival Magueta, Lucinei de Souza , Eliana , Eloina e Elenilda Iise (filhas do prefeito) , Diosne Batista Filho , Geraldo e Roberto Azevedo e muitos outros dos quais não me lembro o nome.
Durante uma semana ficamos hospedados num centro esportivo em São Paulo, onde dormíamos em beliches. Meninas em um pavilhão e meninos em outro. Visitamos dentre outros locais os estádios do Morumbi e Pacaembu, o Parque do Ibirapuera, o Zoológico, o Museu do Ipiranga, o Palácio Nove de Julho (Assembléia Legislativa) e o Palácio do Morumbi , onde fomos recebidos pelo governador durante a troca da guarda. O governador discursou para nós e nos ofereceu como brinde um Long Play com o Hino Nacional, o Hino da Independência e outras canções patrióticas. Disse que o governo tudo faria pelo nosso futuro, promovendo o desenvolvimento do Vale do Ribeira.
Durante os percursos cantávamos canções como “Cidade Maravilhosa” e a “Marchinha da Cueca” que explodia no carnaval daquele ano. Foram dias alegres e felizes da minha adolescência que jamais irei esquecer.
E hoje, aniversário de São Paulo, faço questão de lembrar . E nada melhor do que a canção de Caetano ,que nem havia sido composta ainda, para lembrar destes dias:  “Aprendi depressa a chamar-te de realidade...” minha doce e adorável São Paulo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MORTE DO ZÉ GERÔNIMO

Morávamos no bairro da água doce no início da década de 60. Tinha eu por volta de 7 anos mas me lembro bem desta estória. Morávamos numa casa a beira da estrada e meu pai possuía um sítio há uns 3 km dali , onde a gente chegava pela “estrada do pau seco”.
 Criávamos pato, peru, galinha, porco, cabrito, gado , cavalo, etc e meu pai tinha como principal fonte de renda a extração de madeira, a fabricação de carvão vegetal e a extração de palmito. Meu pai tinha vários camaradas , como se chamava na época os trabalhadores, que o ajudavam na lida do sítio.
Um dos camaradas de meu pai chamava-se “Zé Gerônimo”. Era um homem de uma certa idade, solteiro sem nenhum familiar por perto. Vivia sempre com os cabelos e barba compridos e vestia-se com paletós escuros, que lhe davam um ar misterioso. Eu e meu irmão José Cavalcante que éramos os mais novos da nossa família tínhamos um certo mêdo deste homem, porém sabíamos que era um homem bom que nos tratava sempre com carinho. Meu pai também nutria grande simpatia pelo velho que sempre dizia ser de confiança e um bom trabalhador, apesar da idade avançada.
Zé Gerônimo vinha até a nossa venda e fazia suas comprinhas: comida , querosene  e pinga. Eram as necessidades básicas da época no sertão bravo sem asfalto, sem telefone, sem energia elétrica, sem rádio, sem televisão...Esta era a vida da época.
Mas numa bela manhã, acordamos e tivemos uma surpresa. Zé Gerônimo estava barbeado, com os cabelos cortados e bem vestido, sentado na calçada da venda.  Meu pai prontamente foi perguntar do que se tratava e ele falou que estava se sentindo mal e precisava ir ao médico.
Meu pai deu-lhe então o dinheiro para que ele pegasse o ônibus, (eram apenas dois por dia), para ir à Piedade no médico. E lá se foi Zé Gerônimo. Passaram-se alguns dias e nada dele voltar. Meu pai foi então até Piedade buscar informações sobre o velho bom camarada. No final do dia voltou com a triste notícia: Zé Gerônimo havia morrido.
Por longos meses fiquei entristecido e medroso diante da sua repentina morte. Nunca o vi tão bem vestido e bonito como naquele dia em que partia para sua última missão. E La se ia mais um dos personagens da minha infância.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

FALTA DE MÃO DE OBRA FAZ EMPRESAS CONTRATAREM APOSENTADOS

Com a necessidade cada vez maior de mão de obra especializada - e, acima de tudo, experiente – é crescente a busca de empresas por profissionais aposentados em seu quadro de funcionários
Um levantamento elaborado pela Hays, empresa especializada em recrutamento para média e alta gerência, mostrou que 20% das empresas brasileiras contratam profissionais já aposentados para voltarem ao mercado de trabalho. Dessas contratações, pelo menos metade é por conta da falta de mão de obra especializada, principalmente.
“O atual nível de investimentos em projetos, principalmente em infraestrutura, deve mostrar uma tendências cada vez maior de executivos voltando para o mercado de trabalho”, diz Alexia Franco, diretora da Hays. “É exigido conhecimento em condução de projetos, que, por mais que o profissional seja bem formado tecnicamente, somente a experiência pode trazer.” Segundo Alexia, cerca de 80% da demanda das empresas é por profissionais formados em Engenharia
Foi justamente pela experiência que o engenheiro agrônomo aposentado Luiz Antonio Barreto de Castro, 72 anos, jamais deixou de ser demandado no mercado de trabalho. Aposentado há 17 anos, ele se manteve trabalhando em cargo público até 2010, quando deixou o cargo de Secretário de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas engana-se quem pensa que ele, enfim, “pendurou as chuteiras”. Castro aceitou o convite para ser diretor da União Química, após uma breve passagem pelo Instituto Brasileiro de Algodão.
“Um trabalhador de 70 anos está completamente ativo”, diz Castro. “Ele não trabalha se não tiver motivação, entusiasmo e projetos. Se tiver essas coisas, provavelmente vai ter propostas de qualquer setor, seja público ou privado”, completa.
Propostas não pararam de chegar ao contador Valter Mattos Lourenço, 60 anos. Ele bem que tentou se aposentar definitivamente em 2009 – dez anos depois de ter se aposentado no papel. Mas as férias definitivas duraram pouco. Cinco meses mais tarde, ele já estava novamente no mercado de trabalho, prestando consultoria a varias empresas. “Fiquei em casa por cinco meses, mas já estava angustiado. Ficar parado é terrível”, diz.
E é justamente pela necessidade de estar na ativa que os aposentados têm voltado ao mercado de trabalho, segundo Alexia Franco, da Hays. “Não é somente o salário que importa. Nesta etapa de vida, o profissional está mais preocupado com o projeto, em se sentir importante ainda”, afirma. “São fatores mais emocionais que racionais.”
Entre as grandes empresas, a procura por profissionais com mais gabarito é comum. Segundo Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX, de Eike Batista, 20% do quadro de 330 colaboradores diretos da companhia é formado por profissionais aposentados.
Alexia Franco ressalta que o mix entre experiência e juventude já se mostrou bem-sucedido
nas empresas. “Esse equilíbrio na estrutura de colaboradores é muito saudável para as companhias”, afirma.
“Um executivo mais vivido consegue antecipar problemas que podem acontecer nos projetos, e isso gera ganhos para a empresa”, completa a especialista.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SEJA UM GEÓLOGO E GANHE R$ 7 MIL DE CARA

Falta mão de obra qualificada para atuar no mercado de geologia no Brasil. Com uma média de 200 a 400 geólogos formados por ano, o País pode ter que importar trabalho de países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e África do Sul, para atuar, principalmente, no ramo de petróleo e gás nos próximos anos. O salário inicial para geólogo, nesse setor, pode chegar até a R$ 7 mil.

Para Luiz Ferreira Vaz, fundador do Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o Brasil tem uma demanda reprimida de 500 geólogos, 300 deles voltados para a cadeia de petróleo e gás.

“É a área que mais possui demanda. Hoje temos 2,5 mil atuando no ramo de petróleo e gás e 2,3 mil com mineração, que sempre foi o número um no Brasil. No entanto, o crescimento do primeiro é muito maior que o do segundo”.

Somente na Petrobras, 1.042 geólogos trabalham, atualmente, nas unidades no Brasil. Até 2015, a petrolífera tem a previsão de admitir 17 mil empregados, em diversos cargos. Porém, não existe estimativa do quantitativo de geólogos. As contratações são feitas por meio de processos seletivos.

Juarez Fontana, coordenador do curso de Geologia do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), acredita que não é possível estimar quantos profissionais devem ser contratados, mas tem certeza de que é um número superior a 100 geólogos, na cadeia de petróleo e gás.

“A partir deste ano teremos um aumento significativo nas contratações de geólogos. Para isso se confirmar, é necessário mudar a legislação, que já vem sendo discutida há três anos”, diz.

O geólogo se refere à demora na aprovação de mudanças na legislação, como a questão dos royalties e leilão de novas áreas no pré-sal. “Com a legislação travada, não se discute investimentos e contratações”.

A forte demanda e o baixo número de formados, por ano, faz do geólogo um dos profissionais mais cobiçados pelas empresas dos setores de energia e mineração. A tendência é que continue assim nos próximos anos.

Como funciona

“Petróleo e mineração são independentes da economia. Se a empresa gasta 1 milhão de barris, ela precisa repor isso. Com o minério de ferro é a mesma coisa”, argumenta Vaz. “Antes de tudo, o geólogo precisa encontrar o petróleo. Somente depois é que as empresas iniciam suas produções”.

Na exploração do petróleo, o objetivo do geólogo é encontrar hidrocarboneto, que pode ser sólido (betume), líquido (petróleo) ou gasoso (gás natural). É a partir desse estudo que o profissional aponta a área com potencial de produção para as petrolíferas.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PONHA QUALIDADE NA SUA VIDA

Ao longo de minha vida já vivi de várias formas. As experiências, vivencias e treinamentos pelos quais passei ao longo dos meus dias me transformaram, e hoje aos 55 anos de idade posso dizer que aprendi um pouco mais a viver. Trabalhei por alguns anos como coordenador de sistemas da qualidade em industrias e talvez esta tenha sido a fase de maior aprendizagem em minha vida. Os conceitos de qualidade de produto e serviços podem ser perfeitamente ajustados a nossa vida, trazendo mais qualidade a ela e facilitando a tarefa de ser feliz.
Dentre as técnicas de qualidade , talvez a que mais possa ser utilizada na vida pessoal, seja o conceito dos “5 ESSES”. Surgido no Japão, na década de 50, esta prática define 5 etapas cuja inicial em japonês são iniciadas pela letra “S”, porém isto é o que tem menor importância. A importância está nos cinco princípios os quais vou tentar definir, dando uma ênfase a aplicação prática na nossa vida:
1º) UTILIDADE : Separar o que é útil do que é inútil e dar um destino útil ao que é inútil.
2º) ORDENAÇÃO: Colocar as coisas no lugar certo, realizar as coisas na ordem certa.
3º) LIMPEZA: Tirar o lixo e a poluição. Evitar sujar para não precisar limpar.
4º) SAÚDE: Padronizar procedimentos que conduzam a saúde física, mental e ambiental.
5º) AUTODISCIPLINA: Cada um se cuidando, adaptando-se as novas realidades de forma que as relações com as demais pessoas e o ambiente sejam recicláveis e sustentáveis de forma saudável.
Nesta  nossa vida tão cheia de novidades e oportunidades, é o 5S que vai nos mostrar como melhor aproveitá-las para a Qualidade de Vida. Qualidade de Vida para a humanidade e, sobretudo, para o sistema biológico, do qual fazemos parte e sem o qual não podemos sobreviver.
Guarde bem essas palavras:
Seiri  :              Senso de Utilização 
Seiton :           Senso de Ordenação 
Seisou :           Senso de Limpeza 
Seiketsu :       Senso de Saúde 
Shitsuke:        Senso de Autodisciplina 

Aplique-os em sua vida e a torne muito melhor.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SEJA UM TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES

Operadoras de telefonia e fabricantes de equipamentos de telecomunicação começam a enfrentar, além da escassez de engenheiros, falta de mão de obra técnica, informa Camila Fusco em reportagem publicada na Folha desta terça-feira.
São instaladores de cabos, operadores de redes e projetistas de infraestrutura que não são formados em volume suficiente.
Estimativas apontam que o deficit será de 15,5 mil profissionais a partir deste ano, considerando operadoras de telefonia fixa e móvel, de infraestrutura de internet e fabricantes de equipamentos.
O problema é considerado grave especialmente diante do aumento nos projetos de telefonia de quarta geração (4G) e de expansão das redes de banda larga previstos para o próximo ano.
Assim sendo a carreira de Técnico em telecomunicações é uma excelente oportunidade profissional para os jovens que estão cursando ou em vias de iniciar o ensino médio. O salário inicial gira em torno de R$ 2.500,00.