Morei boa parte de minha vida em cidades grandes, incluindo Sorocaba, São Paulo e Piracicaba no estado de São Paulo e Barbacena em Minas Gerais e há quatro anos retornei a minha pequenina Tapiraí. Comparando a vida de cidade grande com a de cidade pequena percebo que existem grandes diferenças. Embora aqui estejamos muito mais tranqüilos e calmos, na cidade grande se usufrui de muito mais modernidade e conforto , na medida em que tudo que se quer comprar se acha com tranqüilidade e próximo de casa, enquanto que aqui a gente tem que andar as vezes setenta quilômetros até Sorocaba para encontrar. Mas a grande diferença mesmo está nas pessoas.
Gente de cidade grande não pára. Está sempre buscando algo novo, no trabalho, na vida pessoal , nos objetivos, enquanto que por aqui sinto uma certa acomodação. Não que aqui não hajam pessoas progressistas e que queiram mais, mas o que sinto é que muitos pararam no tempo e não têm aquele impulso de realizar, cobrar, reivindicar, correr atrás. Daí surge um choque de culturas : a dos que querem ver progresso e a dos acomodados.
A acomodação está explícita na falta de atitude das pessoas, que ficam esperando que tudo caia do céu, ou venha dos outros, não se antecipa, não tem proatividade, falta comprometimento. Aqueles cuja filosofia de vida é “ta ruim, mas ta bom assim”.
Precisamos criar por aqui uma cultura de gostar do que é bom. De viver bem, trafegar com carros bons por ruas asfaltadas, andar a pé em calçadas bem cuidadas, passear por parques bonitos e agradáveis. Poder sair nos finais de semana e curtir a vida em ambientes agradáveis e bem cuidados, usufruir de ambientes com boa comida e boa bebida , ouvir boa música. Enfim, viver as maravilhas que o mundo moderno nos oferece. Mas para termos tudo isso precisamos de um bom emprego que nos propicie uma boa renda e de uma cidade bem cuidada. E para termos bons empregos e uma cidade bem cuidada , precisamos escolher políticos responsáveis, honestos e progressistas, gente que não veja a câmara de vereadores ou a prefeitura apenas como um meio de ostentação ou um emprego, que não busque exclusivamente a elevação do seu status pessoal. Enfim a meu ver precisamos de gente nova comandando a cidade. O problema portanto não é de nomes , mas muito mais de personalidades. Chega do pessoalzinho acomodado e repetido de sempre. Vamos eleger gente diferente!
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