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terça-feira, 29 de novembro de 2011

AS MUDANÇAS NA CONTA DE LUZ EM 2012

O velho relógio de luz, ancorado nos postes de fronte as nossas casas, está com os dias contados e pode começar a sair de cena em 2012. Vem aí o medidor digital e com ele uma pequena revolução em como se usa a energia elétrica no país.
A novidade: o medidor deixará de ser somente um relógio. Será convertido numa pequena central com comunicação entre a moradia e a distribuidora de energia.
Essa mudança será capaz de transformar a malha de cabos de energia numa rede inteligente (o chamado smart grid), com serviços que atualmente não são oferecidos.
Entre as novidades que podem surgir estão a "energia pré-paga", o desligamento e o religamento remotos e a informação instantânea sobre falta de luz --atualmente, a distribuidora só aciona os técnicos quando é informada pelo consumidor). Há grande expectativa também com a opção de adotar tarifas diferenciadas ao longo do dia.
O plano do governo é instituir essa modalidade de tarifa contando com uma possível mudança de comportamento do brasileiro.
MUDANÇA DE HÁBITO
A concentração do consumo de energia entre as 17h e as 21h --principalmente o uso do chuveiro elétrico nesse período do dia-- custa uma fortuna para o país, tanto em planejamento como em expansão de usinas.
Transformadores de rua, hidrelétricas e termelétricas ficam ociosos ao longo do dia, mas trabalham a plena carga em cerca de três horas do dia, no horário de pico.
Essa operação dispendiosa e cada vez mais comum --pois a folga das hidrelétricas para atender o pico de consumo vem caindo-- exige muito do país.
A nova modalidade de tarifa pode, no médio e no longo prazo, minimizar esse problema, se se tornar uma opção para os consumidores.
Com os novos medidores digitais, será possível optar pela Tarifa Branca --opção à cobrança convencional. A adesão não será obrigatória.
Com ela, o consumidor terá três tarifas diferentes num dia. Pagará metade do valor da tarifa convencional quando gastar energia fora do horário de pico , mas pagará 150% da tarifa convencional nos chamados horários intermediários (nas horas que antecedem e que precedem o horário de pico).
Há ainda a tarifa no período de alta demanda. Nesse intervalo de três horas, das 18h às 20h, (período que pode mudar conforme a região do país), o preço da energia será 250% do preço da tarifa convencional.
A ideia é dar uma opção tarifária para os consumidores, levando a usar energia fora do pico.

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