Família Cavalcante-Foto de 1962 |
Paulo Cavalcante Magalhães nasceu
em junho de 1914 no município de Senador Pompeu no Estado do Ceará e Jovina
Ferreira Magalhães nasceu naquele mesmo ano, no mês de janeiro no município de
Ibicuã, no mesmo estado. Casaram-se e
depois de terem três filhos, no início da década de 1940, decidiram mudarem-se
para o Estado de São Paulo, por influência de alguns parentes que moravam onde
atualmente localiza-se o município de Tapirai. Assim sendo, rumaram com três
crianças pequenas e de posse de suas roupas e alguns utensílios a bordo de um
caminhão de transporte de passageiros denominado na época vulgarmente de “pau
de araras” até a cidade de Petrolina em Pernambuco. Lá embarcaram em uma
embarcação rudimentar na época denominada de “vapor” (provavelmente porque era
movida por uma caldeira) até a cidade de Bom Jesus da Lapa , já no Estado da
Bahia. De lá´ embarcaram em um outro “pau de arara” até chegar a Tapiraí, no
bairro da água doce, onde ficaram hospedados na casa de um primo, comerciante,
chamado José Ribeiro Chaves. A viagem durou cerca de 40 dias, visto que na
época não existiam estradas em todo o trecho, obrigando o transporte fluvial.
Além disso as estradas existentes eram quase todas sem asfalto.
Após sua chegada ao bairro da
Água Doce, Paulo foi trabalhar com seu primo José Ribeiro em atividades
extrativistas relativas a madeira, carvão vegetal e palmito. Os primeiros anos
foram demasiadamente sofridos , principalmente devido às dificuldades de
adaptação ao clima frio e chuvoso de quem vinha de uma terra quente com muito
sol. Paulo confessou por várias vezes, que nestes primeiros anos seu grande
sonho era juntar dinheiro suficiente para retornar ao Ceará, porque estava
sofrendo muito por aqui. Porém, dadas as dificuldades em ganhar dinheiro
suficiente para o retorno foram ficando e acabaram por acostumarem-se.
Por um breve período mudaram-se
para o município de Rancharia na região Oeste de São Paulo onde nasceram dois
filhos do casal, dos quais, uma menina faleceu ainda recém nascida.
Decidiram então voltar a Tapiraí,
fixando residência novamente no bairro da água doce onde nasceram entre os anos
de 1945 e 1956, mais 9 filhos, dos quais apenas 7 sobreviveram. Restou portanto
uma família formada pelos pais e onze filhos, sendo 7 do sexo feminino e 4 do
sexo masculino. Ali viveram até o final da década de 1960, sempre trabalhando
nas atividades extrativistas e na criação de animais. Criavam gado, cavalos,
porcos, cabritos, perús, galinhas, gansos, marrecos e coelhos. Os dois filhos
moços trabalhavam com o pai nos serviços de carvão, madeira e palmito e as
moças e os filhos mais novos cuidando das criações e de uma pequena “venda “
onde comercializava-se alimentos e bebidas.
No ano de 1968, quando duas das
filhas e um dos filhos já haviam se casado, mudaram-se para Tapiraí, onde
compraram um armazém de secos e molhados. Nesta época houve uma melhoria
substancial na vida da família que passou a trabalhar num serviço menos penoso.
Pela primeira vez a família veio a morar numa casa com energia elétrica. As
propriedades no bairro da água doce foram vendidas e Paulo adquiriu um pequeno
sítio de 5 alqueires nas proximidades da cidade onde continuou a pequena
criação de gado.
Paulo Cavalcante Magalhães,
faleceu em 1972 aos 58 anos de idade, pouco tempo depois de ter adquirido seu
primeiro veículo, uma Rural Willis ano 1967. Na época ocupava o cargo de
presidente da Câmara de Vereadores de Tapiraí. Após sua morte o comércio
passou a ser administrado por dois de
seus filhos Edmirso Ferreira Cavalcante e José Ferreira Cavalcante. O filho
mais velho Erlito Ferreira Cavalcante estabeleceu-se em Juquiá e elegeu-se
vice-prefeito e posteriormente prefeito daquela cidade. Mais tarde o filho
Edmirso também ocupou o cargo de vereador e presidente da câmara de Tapiraí.
Atualmente a família Cavalcante
de Tapiraí é composta por mais de 100 pessoas entre filhos, netos, bisnetos e
respectivos cônjuges. Existem na família
Advogados, Engenheiros, Psicólogos, Tecnólogos, Professores, Policiais ,
Enfermeiras , comerciantes, donas de casa e trabalhadores das mais variadas
áreas. Todos derivados da união do Paulo e da Jovina.
Oi eu também sou uma Cavalcante mas minha familia veio da Bahia meus avós Jovelina Cavalcante e José Thiago Cavalcante eu sou Elaine Cavalcante Campos
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