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segunda-feira, 29 de abril de 2013

TAPIRAÍ E A COLÔNIA JAPONESA

Imagem de Tapiraí da década de 1970

Não sei bem como a história começou  porque só a presenciei a partir do final da década de 1960 e não tive acesso a qualquer documento sobre o tema se é que eles existem, porém é sempre importante registrar o que se sabe e contribuir para a memória da cidade.
No final da década de 1960, era muito grande a quantidade de famílias de japoneses e descendentes que moravam no município de Tapiraí. Algumas no bairro do chá, que recebeu este nome exatamente por causa do cultivo intenso da erva-mate  naquela região. Os japoneses eram os principais envolvidos. Filiados a Cooperativa Agrícola de Cotia, cultivavam a erva , cujos brotos eram colhidos e processados em uma fábrica instalada no bairro, cujo prédio existe até hoje.
Além da Cooperativa Agrícola de Cotia, havia na cidade um núcleo filiado a Cooperativa Agrícola Sul-Brasil, também com  origem de descendentes nipônicos , esta mais ligada ao cultivo de hortaliças. Seus filiados residiam nos bairros Juquiazinho, Fazenda Velha e Turvo.
Com um grande contigente de japoneses e descendentes , Tapiraí era uma cidade com grande influênica nipônica. Havia o clube japonês , então denominado Associação Cultural e Esportiva Tapiraí (que existe até hoje) , onde aconteciam aulas de japonês e atividades esportivas ligadas ao judô, vôlei, tênis de mesa , futebol etc.
Nos finais de semana havia a exibição de filmes japoneses legendados. As famílias vinham para a cidade em seus tratores que puxavam carretas com homens , mulheres e crianças, que instalavam-se sob o tatame  e consumiam comidas e bebidas típicas durante as seções de cinema. Porém o acesso não era apenas aos descendentes. Todos podiam assistir e eu era uma das crianças que não perdia nenhum dos filmes. Eram filmes de Samurai, com estórias baseadas em lendas japonesas, de difícil compreensão para nós, não descendentes, porém eu via um encanto extraordinário em ir ao cinema e ver aquela tecnologia, até então quase desconhecida por aqui. Cabe lembrar que nesta época não existiam  televisores instalados  em Tapiraí, mesmo porque eles não pegavam. O único show de imagens possível era portanto o cinema japonês. Mas além dos filmes, a colônia japonesa promovia festivais de Karaokê, de danças típicas e festas esportivas como campeonatos de futebol, vôlei e tênis de mesa. Uma vez por ano havia uma grande festa chamada de Undokai , que era uma grande gincana com múltiplas competições envolvendo pessoas de todas as idades.
Foi uma época interessante e propulsora par Tapiraí, liderada pela colônia japonesa. Porém a falência das cooperativas e a crise agrícola dos anos 1980, acabaram por diminuir a influência japonesa, com muitos dos descendentes das famílias retornado ao Japão ou mudando-se para as cidades grandes, reduzindo substancialmente a população de descendentes de  japoneses no município.
Vale lembrar que Tapiraí teve dois  prefeitos  e vários vice-prefeitos de descendência nipônica exatamente em função da grande quantidade de eleitores de origem japonesa que existiam por aqui. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

DEFINIÇÃO E ORIGEM DAS RELIGIÕES


Religião é um conjunto de crenças sobre as causas,natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural; ou  a relação de seres humanos ao que se considera como santo, sagrado,espiritual ou divino. A maioria das religiões procuram dar sentido a vida e tendem a derivar em moralidade, ética, ou em um estilo de vida com idéias sobre o cosmos e a natureza humana.A religião em muitos lugares faz uso da música , da arte e da meditação. Em muitos lugares tem sido associada a instituições públicas como educação,família,poder e política.
Ao longo da humanidade, o homem adorou a deuses com a mesma intensidade em todos os lugares. Os deuses das épocas primitivas eram animais e apenas muito mais tarde apareceram com formas humanas . Em todos os momentos cruciais e críticos da vida, desde o nascimento até a morte, os deuses continuam exercendo sua influência. Quando a mente humana indaga sobre a criação do mundo, a resposta apresenta-se sob a forma de casualidade. No princípio era o caos, o vazio infinito e Deus criou o universo.
A existência está toda entrelaçada pelo ciclo de transformação, o nascimento, a vida, a morte e o renascer;  é um interminável  fenômeno na existência que nossa mente ainda não atingiu a maturidade do entendimento.
A ciência explica a explosão do átomo e o surgimento da vida através da matéria, mas a mente humana tenta entender os mistérios do espírito que dá origem a fé,as religiões e as superstições.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA PARA A ORIGEM DO UNIVERSO


Sob o ponto de vista científico as explicações sobre o universo divergem das crenças populares. . Inicialmente é preciso explicar que o mundo ou o universo não é composto apenas do planeta terra. A terra é apenas o planeta de uma  Galáxia. O Universo é composto de várias galáxias nas quais existem infinitos planetas. Tudo isso foi comprovado cientificamente já há centenas de anos. Todo o estudo efetuado ao longo da história da humanidade apenas nos permitiu conhecer pouco sobre os outros planetas e galáxias existentes além deste no qual estamos instalados. A camada azul que vemos quando olhamos para o céu, são gases que pela predominância do oxigênio que é azul adquire esta cor.Portanto quando alçamos um vôo para cima e ultrapassamos a atmosfera , que é esta camada de gases o que se vê é uma imensidão negra com muitos mistérios a serem decifrados.  A teoria científica  mais aceita sobre a origem do Universo é chamada de BIG BANG.  Segundo esta teoria, o mundo teria surgido há cerca de 13,9 bilhões de anos a partir da dissolução de um bloco que  explodiu e até hoje continua em expansão. Isto explica-se pelo fato de estar havendo sempre um distanciamento maior  entre nós e as demais galáxias. Se a distância entre as galáxias está aumentando, elas deveriam estar mais próximas no passado. Para testar esta teroria tem sido feitas simulações, utilizando grandes aceleradores de partículas , resultando em significativa confirmação da teoria.
Não quero aqui pregar o fim das crenças populares, nem colocar-me em posição oposta a nenhuma das formas que as pessoas tem de acreditar em um criador supremo da vida e do universo. Quero apenas dar uma luz, no sentido de que existe toda uma base científica a partir da qual surgiram os grandes progressos da humanidade.  Porém esta questão está aberta e continuará por todo o sempre.  Os mistérios do mundo vão sendo decifrados, porém novos desafios irão surgindo e assim a humanidade caminhará  por séculos e séculos. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

FAMÍLIA CAVALCANTE DE TAPIRAÍ-BREVE HISTÓRICO

Família Cavalcante-Foto de 1962

Paulo Cavalcante Magalhães nasceu em junho de 1914 no município de Senador Pompeu no Estado do Ceará e Jovina Ferreira Magalhães nasceu naquele mesmo ano, no mês de janeiro no município de Ibicuã, no mesmo estado.  Casaram-se e depois de terem três filhos, no início da década de 1940, decidiram mudarem-se para o Estado de São Paulo, por influência de alguns parentes que moravam onde atualmente localiza-se o município de Tapirai. Assim sendo, rumaram com três crianças pequenas e de posse de suas roupas e alguns utensílios a bordo de um caminhão de transporte de passageiros denominado na época vulgarmente de “pau de araras” até a cidade de Petrolina em Pernambuco. Lá embarcaram em uma embarcação rudimentar na época denominada de “vapor” (provavelmente porque era movida por uma caldeira) até a cidade de Bom Jesus da Lapa , já no Estado da Bahia. De lá´ embarcaram em um outro “pau de arara” até chegar a Tapiraí, no bairro da água doce, onde ficaram hospedados na casa de um primo, comerciante, chamado José Ribeiro Chaves. A viagem durou cerca de 40 dias, visto que na época não existiam estradas em todo o trecho, obrigando o transporte fluvial. Além disso as estradas existentes eram quase todas sem asfalto.
Após sua chegada ao bairro da Água Doce, Paulo foi trabalhar com seu primo José Ribeiro em atividades extrativistas relativas a madeira, carvão vegetal e palmito. Os primeiros anos foram demasiadamente sofridos , principalmente devido às dificuldades de adaptação ao clima frio e chuvoso de quem vinha de uma terra quente com muito sol. Paulo confessou por várias vezes, que nestes primeiros anos seu grande sonho era juntar dinheiro suficiente para retornar ao Ceará, porque estava sofrendo muito por aqui. Porém, dadas as dificuldades em ganhar dinheiro suficiente para o retorno foram ficando e acabaram por acostumarem-se.
Por um breve período mudaram-se para o município de Rancharia na região Oeste de São Paulo onde nasceram dois filhos do casal, dos quais, uma menina faleceu ainda recém nascida.
Decidiram então voltar a Tapiraí, fixando residência novamente no bairro da água doce onde nasceram entre os anos de 1945 e 1956, mais 9 filhos, dos quais apenas 7 sobreviveram. Restou portanto uma família formada pelos pais e onze filhos, sendo 7 do sexo feminino e 4 do sexo masculino. Ali viveram até o final da década de 1960, sempre trabalhando nas atividades extrativistas e na criação de animais. Criavam gado, cavalos, porcos, cabritos, perús, galinhas, gansos, marrecos e coelhos. Os dois filhos moços trabalhavam com o pai nos serviços de carvão, madeira e palmito e as moças e os filhos mais novos cuidando das criações e de uma pequena “venda “ onde comercializava-se alimentos e bebidas.
No ano de 1968, quando duas das filhas e um dos filhos já haviam se casado, mudaram-se para Tapiraí, onde compraram um armazém de secos e molhados. Nesta época houve uma melhoria substancial na vida da família que passou a trabalhar num serviço menos penoso. Pela primeira vez a família veio a morar numa casa com energia elétrica. As propriedades no bairro da água doce foram vendidas e Paulo adquiriu um pequeno sítio de 5 alqueires nas proximidades da cidade onde continuou a pequena criação de gado.
Paulo Cavalcante Magalhães, faleceu em 1972 aos 58 anos de idade, pouco tempo depois de ter adquirido seu primeiro veículo, uma Rural Willis ano 1967. Na época ocupava o cargo de presidente da Câmara de Vereadores de Tapiraí. Após sua morte o comércio passou  a ser administrado por dois de seus filhos Edmirso Ferreira Cavalcante e José Ferreira Cavalcante. O filho mais velho Erlito Ferreira Cavalcante estabeleceu-se em Juquiá e elegeu-se vice-prefeito e posteriormente prefeito daquela cidade. Mais tarde o filho Edmirso também ocupou o cargo de vereador e presidente da câmara de Tapiraí.
Atualmente a família Cavalcante de Tapiraí é composta por mais de 100 pessoas entre filhos, netos, bisnetos e respectivos cônjuges.  Existem na família Advogados, Engenheiros, Psicólogos, Tecnólogos, Professores, Policiais , Enfermeiras , comerciantes, donas de casa e trabalhadores das mais variadas áreas. Todos derivados da união do Paulo e da Jovina.