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terça-feira, 31 de julho de 2012

A MINHA DESILUSÃO COM A POLÍTICA PARTIDÁRIA



Já fui um jovem idealista que acreditava que a política partidária seria a melhor maneira de mudar o país. Assim sendo militei por muitos anos como filiado de um partido, fiz parte do diretório municipal deste partido, fui presidente do partido , candidato a vereador em duas eleições e cheguei a coordenar a candidatura de um candidato a prefeito. Porém minha desilusão com a política partidária surgiu a partir de 2005 com o chamado “escândalo do mensalão”. Pessoas que até então eu considerava integras, pertencentes a este partido estavam mergulhados até o ultimo fio de cabelo, naquele que é considerado o maior esquema de corrupção já montado no país.
Desde então tenho fugido e participado muito pouco da política partidária e passei  a ser apenas um cidadão de opinião que procura interferir nos processos políticos, principalmente porque grande parte do que ganho é pago em impostos e tenho a obrigação de fiscalizar a aplicação destes recursos. Nesta minha opção, tenho percebido que um dos fatores que causam a corrupção é a cultura do nosso povo que aprendeu a conformar-se com a situação , sem reação alguma. As pessoas marcham contra a proibição da maconha, contra a discriminação as minorias sexuais, mas não tomam nenhuma atitude contra a corrupção. Tente coordenar uma marcha contra a corrupção e descobrirá que pouquíssimas pessoas irão aderir a isto.
Mas tenho esperanças de que tudo venha a mudar e para tanto é preciso que pessoas do bem se engajem em movimentos associativos como “moradores”, “profissionais”,”sindicais”, etc ; numa ampla ação contra a ação política de corrupção presente nos órgãos públicos . Na Câmara de Vereadores de Tapiraí, por exemplo,  é gasta uma grande parcela do orçamento municipal. Esta grna é gasta com salário de vereadores mal preparados, servidores mal qualificados e desnecessários e despesas dos vereadores e servidores , que são comprovadas por notas fiscais sem que nenhum cidadão tenha a ousadia de fiscalizá-las.
Portanto não me julgue  pelo que fui, nem pelo que sou, mas leve em conta o conjunto da obra. Como diria Raul Seixas “eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do  que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”.

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