Já fui um jovem idealista que acreditava que a política
partidária seria a melhor maneira de mudar o país. Assim sendo militei por
muitos anos como filiado de um partido, fiz parte do diretório municipal deste
partido, fui presidente do partido , candidato a vereador em duas eleições e
cheguei a coordenar a candidatura de um candidato a prefeito. Porém minha desilusão
com a política partidária surgiu a partir de 2005 com o chamado “escândalo do
mensalão”. Pessoas que até então eu considerava integras, pertencentes a este
partido estavam mergulhados até o ultimo fio de cabelo, naquele que é
considerado o maior esquema de corrupção já montado no país.
Desde então tenho fugido e participado muito pouco da
política partidária e passei a ser
apenas um cidadão de opinião que procura interferir nos processos políticos,
principalmente porque grande parte do que ganho é pago em impostos e tenho a
obrigação de fiscalizar a aplicação destes recursos. Nesta minha opção, tenho
percebido que um dos fatores que causam a corrupção é a cultura do nosso povo
que aprendeu a conformar-se com a situação , sem reação alguma. As pessoas
marcham contra a proibição da maconha, contra a discriminação as minorias
sexuais, mas não tomam nenhuma atitude contra a corrupção. Tente coordenar uma
marcha contra a corrupção e descobrirá que pouquíssimas pessoas irão aderir a
isto.
Mas tenho esperanças de que tudo venha a mudar e para tanto
é preciso que pessoas do bem se engajem em movimentos associativos como
“moradores”, “profissionais”,”sindicais”, etc ; numa ampla ação contra a ação
política de corrupção presente nos órgãos públicos . Na Câmara de Vereadores de
Tapiraí, por exemplo, é gasta uma grande
parcela do orçamento municipal. Esta grna é gasta com salário de vereadores mal
preparados, servidores mal qualificados e desnecessários e despesas dos
vereadores e servidores , que são comprovadas por notas fiscais sem que nenhum
cidadão tenha a ousadia de fiscalizá-las.
Portanto não me julgue
pelo que fui, nem pelo que sou, mas leve em conta o conjunto da obra.
Como diria Raul Seixas “eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre
tudo...”.
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