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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

RECORDAÇÕES DE PIEDADE

Horário de almoço , o sol brilhava, porém a temperatura estava muito baixa. A gripe que me atacou nas últimas semanas me tirou o apetite e eu optei em sentar em um banco da praça em vez de almoçar. O sol aquece meu corpo e anima minha alma. E começo a desfilar lembranças olhando para os prédios que me circundam . A igreja de Nossa senhora da Piedade onde vi muitas vezes o Padre Jorge rezar suas missas e acompanhar as procissões da festa do Divino. Lembrei-me da bandinha tocando dobrados . Fosse que festa fosse havia sempre uma banda de música que tocava dobrados. A minha esquerda a rua em declive onde havia a Casa Moreira, onde quando criança ia com meus pais comprar roupas. Lembrei-me do dia em que me separei deles e não os encontrava. Voltou-me aquela sensação de infância abandonada.
Ao lado da Casa Moreira havia o Bar Central , onde a gente comia um delicioso lanche. Adorava ir a Piedade, só para comer o lanche do bar central. E Lá em baixo, na rua que continua sendo a principal do comércio, havia a FotoTsukamoto e a Relojoaria Mikami, onde eu me deliciava a admirar os relógios expostos. Naquele tempo, sonho de garoto  era  ter um relógio e uma bicicleta. Um pouco antes dali ainda existe o Bazar Anchieta onde meu pai comprava meu material escolar. Lembro-me bem do prazer que ele tinha em investir na minha formação., em dizer que eu estava cursando o ginásio, coisa que na época pouquíssimos de Tapira faziam.
Olho para a rua a direita e lembro-me que ali morava uma professora chamada Dona Cida. Me deu aulas de português no curso de admissão ao ginásio. Daí me veio  a lembrança de todos os grandes mestres que eu tive no Colégio e Escola Normal Estadual Carlos Augusto de Camargo. Era este o nome completo da escola na época. Dona Maria Lúcia, Dona Maria Isaura, Dona  Maria Inês, Dona Massae, Paulo Plínio, Paulo de Góes, e tantos outros que contribuíram para a formação das idéias e pensamentos que me habitam.
Já quase finda meu horário de almoço e tenho de voltar ao trabalho. No caminho vou pensando na grande importância de Piedade na minha vida. Foi lá que estudei por sete anos, foi lá que tive minhas primeiras namoradas, foi lá que passeava com meus pais e é la que hoje eu trabalho . Concluo facilmente que Piedade é minha segunda pátria, embora nunca tenha morado lá. Concluo que Piedade é parte importantíssima da minha vida. Concluo que eu amo Piedade, tal como Tapiraí.

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