Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de junho de 2013

APELIDOS ENGRAÇADOS

Hoje logo pela manhã eu vi o neguinho. Quer dizer o Vicente Messias Filho.Será que é este mesmo o nome dele? Pode não ser , mas o apelido é com certeza. Ao longo da vida conheci muita gente com apelidos e incrivelmente o apelido é sempre mais forte que o nome.
Amigos de infância, colegas de faculdade, colegas de trabalho , amigos, conhecidos...São muitas as pessoas do meu convívio  que tem apelidos, alguns engraçados, outros nem tanto e alguns até com dose de preconceito, mas quase sempre sem maldade.
Algumas regras no mundo dos apelidos parecem infalíveis. Uma delas é que quanto menos a pessoa gosta do apelido, mais ele tende a pegar, até um ponto em que a situação se torna irreversível e ai o jeito é aceitar. Existem os apelidos domésticos familiares, carinhosos, as vezes no diminutivo que geralmente são bem aceitos, mas também existem aqueles que surgem com instinto gozador.
Alguns apelidos são geralmente aplicados a determinados tipos de pessoas. Eis alguns deles ;
Sapo = sujeito de boca grande
Parafuso=sujeito de cabeça quadrada
Deixa-que-eu-chuto= sujeito manco
Galinha (para homem) = sujeito mulherengo
Galinha (para mulher) = melhor nem citar
Galo = sujeito com cabelo em forma de crista
Cumbica /Pouca-telha/Aeroporto de mosquito/mikaiu= sujeito careca
Ganso = sujeito de pescoço comprido
Pinóquio= Narigudo ou mentiroso
Tamanduá ou quati=narigudo
Montanha = baixinho
Outra forma comum de apelido que surge é quando o individuo se parece com alguém famoso. Conheci inúmeros Tim Maias, Pelés, Robertos Carlos, Cetanos Velosos , etc.
Fiquei admirado em ver outro dia meu filho ser chamdo de Cesar Menoti...também quem mandou ser gordinho. E minha filha, coitada...tão magrinha na infância que a chamavam de “acidente com trator”. Ao indagar porque tão estranho apelido recebi a explicação de que era porque num acidente de trator a pessoa é amassada e fica fininha...coisas bem de criança. Também tive um amigo baixinho, cujo apelido era “mentira”. Ao indagar o porque veio a resposta: porque mentira tem perna curta.
Enfim , apelidar os outros é mais uma forma sutil de ser feliz dos brasileiros.
Detalhe: já fui “cartucho” e “PC Farias”. Atualmente sou só “Paulinho”. Até onde eu sei....


quarta-feira, 5 de junho de 2013

SAÚDE , EDUCAÇÃO E SANEAMENTO EM VEZ DE ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

O Brasil possui atualmente 5.570 municípios e a Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto que possibilitará a criação de pelo menos 150 novos municípios.
As regras aprovadas  são um tanto quanto rígidas, visto que exigem alguns pré-requisitos como população mínima de 12.000 habitantes (nas regiões sul e sudeste), consulta prévia com aprovação de 20% dos eleitores, e aprovação pela Assembleia Legislativa que deverá avaliar as condições econômico-financeira, político-administrativo e socioambiental, porém ,abre uma brecha para o aumento da quantidade de municípios e consequentemente do aumento dos gastos públicos.
Os pequenos municípios em sua grande maioria são inviáveis economicamente, ou seja o que eles arrecadam está muito abaixo do que gastam, não por culpa das necessidades básicas como saúde, educação e infraestrutura, mas muito mais por conta dos gastos para manter a estrutura administrativa. São prefeitos, vereadores, secretários, diretores, chefes de gabinete, etc que recebem salários advindos  de verbas públicas que poderiam ser direcionadas as necessidades básicas, ou seja o atendimento a população acaba prejudicado pelo excesso de municípios.
Na verdade a criação de municípios atende a interesses menores e a máquina eleitoral . A criação de municípios só é mesmo interessante para os políticos  pelos cargos desnecessários e o aumento com folha de pagamento  que geram.

Acredito que a fusão de pequenas cidades poderia trazer benefícios significativos para as populações com a redução dos gastos públicos, melhorias na saúde, educação e infraestrutura e redução da corrupção . Porém difícil de acontecer diante dos interesses dos políticos gananciosos por cargos públicos.

sábado, 1 de junho de 2013

ESTÓRIA BONITA DE CIDADE PEQUENA

Desde que voltei a morar em cidade pequena, tenho visto estórias bonitas e feias por aqui. Algumas merecem registro. E esta é bonita e recente.
O velho Tibagir todo dia ia buscar pão. Antes do supermercado abrir, ele já caminhava com dificuldades com sua bengalinha, atravessava a avenida que também é rodovia e seguia pela ruazinha que beira o riacho. Passava pelas escolas em meio a criançada e ficava em pé ao lado da igreja, lateralmente ao supermercado. Ali ele esperava o Chiquinho ou o César chegar e abrir o supermercado. Então dirigia-se suavemente pela rampa e aguardava que as moças lhe trouxessem os pães. Religiosamente, chovesse, garoasse ou com sol  , isto acontecia.
Por aqui ainda se compra fiado. E não é fiado com cartão de crédito, nem cheque pré-datado, nem boleto bancário. É fiado daquele marcado no caderninho, cuja garantia única é a confiança. E inacreditavelmente não se perde muito. As pessoas em sua grande maioria pagam religiosamente suas contas . E o velho Tibagir era assim.
Mas na última semana a cena não se repetiu. O velho Tibagir não mais apareceu. A triste notícia deu conta de que ele faleceu em Curitiba após uma longa viagem para assistir um casamento. Diante do fato ,alguns comentaram : a última aposentadoria deveria ser recebida por alguém para quitar as contas. Mas diante do comentário a resposta do Chiquinho foi breve: “a conta dele já foi quitada...não recebo contas de quem já morreu...é uma lição antiga que aprendi com meu avô.” . E os olhos se encheram de lágrimas....
Isto contado pela minha mulher também emocionada,  me fez chorar...Talvez porque o avô do Chiquinho era meu pai que morreu antes mesmo dele nascer...

As lições do meu pai ficaram, e as estórias bonitas ainda acontecem por aqui. A vida é mesmo bela!