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terça-feira, 19 de junho de 2012


OS PARADIGMAS QUE IMPEDEM O DESENVOLVIMENTO DE TAPIRAÍ

Vivi e vivo em Tapiraí grande parte da minha vida. As vezes me questiono o porque disso. A resposta  vem de um sentimento arraigado da infância vivida neste lugar, ao lado do meu pai ,  minha mãe de de meus irmãos. Sim, tive uma bela infância por aqui e a modernidade, beleza e riqueza das grandes cidades não conseguiram me conquistar em sua plenitude. Por isso mesmo, optei em viver nos próximos anos em Tapiraí.

Mas, no intimo do meu ser, uma pergunta palpita: Por que a cidade não cresce? Não queria que ela se tornasse uma metrópole gigantesca recheada de problemas, mas gostaria de vê-la ao menos seguindo os passos de Piedade. Em Piedade, sente-se o realce de uma vida mais moderna e confortável. Isso posto gostaria de listar alguns paradigmas que impedem o desenvolvimento da cidade. Paradigma  é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico,matriz, ou seja, uma teoria.

Pois bem , estas teorias surgidas por interesse de algumas partes, acabaram por firmaram-se, principalmente em razão da pouca informação das população.

O primeiro paradigma que precisamos combater é aquele que afirma que a proibição do desmatamento impede o desenvolvimento. Realmente impede as atividades exploratórias que degradam a natureza, como os serviços com madeiras, carvão vegetal e palmito, porém representam também uma grande oportunidade de desenvolvimento da agricultura sustentável que consiste em respeitar as condições originais naturais inserindo novas atividades. Por exemplo, o cultivo de palmeiras por entre a mata nativa. Além da agricultura sustentável, o ecoturismo e o turismo rural também poderiam ser incrementados.

O segundo pardigma que inclusive se contradiz o primeiro é aquele que afirma que a atividade industrial é sempre poluidora e degradante. Existe uma infinidade de atividades industriais que podem ser desenvolvidas sem riscos ambientais. Exemplos disso são as confecções e a agroindústria.

Como terceiro paradigma eu cito o atraso na forma de ver a política, entendendo que bom político é aquele que ajuda a população pagando suas contas, ou prestando-lhe favores. Se a população não tem condições de sobreviver por si só, é porque falta o desenvolvimento econômico. Pessoas bem empregadas e bem remuneradas não precisam de favores de políticos para sobreviverem. Bons políticos são portanto aqueles que promovem o desenvolvimento e permitem que as pessoas sejam donas dos seus destinos, sem dependencia.

E como quarto e ultimo grande paradigma considero aquele que estabelece que para ser prefeito é preciso ter dinheiro. Realmente se partimos do presuposto anterior , isto de fato é verdade, porém corrigido isto, o importante é que a pessoa possua visão estratégica, noções de planejamento e capacidade para fazer acontecer. A meu ver a quantidade de riqueza que a pessoa precisa possuir é muito mais de formação do que econômica.

Não basta pois trocarmos os governantes para que a cidade se desenvolva. É preciso antes de mais nada combater estes paradigmas.